(Complexul Muzeistic Orheiul Vechi; 0235-34242; admissão 15 lei; horário 9am-18:00 Terça-Domingo*)
*Apesar de termos ido em uma segunda-feira
É um complexo histórico-religioso constituido por um ‘’monastério-caverna’’, esculpido sob a rocha calcária; uma das face desta rocha forma um enrome penhasco para um vale banhado pelo rio Răut, compondo um lindo cenário. O Mosteiro Cave (Mănăstire în Peştera) foi escavado por monges ortodoxos no século 13. Ele permaneceu habitado até o século 18; em 1996, alguns monges voltaram a este lugar e estão o restaurando lentamente. Seu acesso é feito por um porta em baixo de um sino de uns 50 m à frente de uma das entradas da Igreja Ortodoxa. A outra parte do complexo é formada pela habitação dos monges e por uma igreja ortodoxa construída em 1905, dedicado à Ascensão de St. Mary. A igreja foi fechada pelos soviéticos em 1944 e permaneceu abandonada durante todo o regime comunista. Retomada as atividades em 1996.
O Monastério de Orheiul Vechié provavelmente é a atração turística mais famosa e, sem dúvida, a vista mais fantástica e pitoresca da Moldávia.
Mas isso não significa que é fácil chegar até lá e nem que atrai multidões de pessoas, quando chegamos no monastério era só nós e Deus.
Como Ir?
A partir de Chişinău são cerca de 60 km, vans diárias partem da Estação Rodoviária Central para Butuceni (vila ao lado do monastério Orheiul Vechi) ou Trebujeni (24 lei, cerca de uma hora e meia, por trecho). Os horários não são precisos; portanto, ou verifique um dia antes, ou vá antes das 9:30 para não correr o risco de perder o último transporte para o monasterio. De acordo com nossas experiências, a van partiu as 10:20 de Chisinau e voltou, por Butuceni, às 16:14, pela mesma parada em que chegamos (porém em outros guias e blogs aparecem horários diferentes)
Opções de Hospedagem e Refeição em Butuceni:
Como foi nossa experiência:
Esse dia de viagem foi uma aventura e merece ser relatada:
A Ida:
Não conseguimos confirmar o horário certo do transporte para Orheiul Vechi com a recepção do Hotel. Então, seguimos para a estação central contando com a sorte de chegarmos a tempo de pegarmos a última van, que nos possibilitaria voltar no mesmo dia. O dia estava chuvoso, mas mesmo assim decidimos ir, porque se deixássemos para ir ao monastério no próximo dia, talvez não o fizéssemos. Assim que chegamos na estação, que é uma rua com várias vans, algumas pessoas vieram em nossa direção perguntando para onde queríamos ir, eu não gosto de ser abordada porque sempre desconfio de golpe, mas o Sergei respondeu e o senhor fez a gentiliza de nos levar até o micro-ônibus, caminhando na chuva para nos fazer esse favor. Entramos na van e esperamos o horário de partida (às 10:20), o preço era 24 lei por pessoa. Levou cerca de 1:45 minutos até o destino passando por campos de uvas, vilas rurais bem simples e rústicas. A van fez uma parada em uma cidade próxima por cerda de 15 minutos e nos deixou aos pés da pequena montanha que estava o monastério. O motorista nos avisou que o próxima e última van do dia passaria ali as 16:14. Apesar do motorista não falar inglês, conseguimos nos comunicar rudimentarmente.
No complexo de ORHEIUL VECHI
Tínhamos 4 horas para desbravar o lugar, subimos o caminho em direção a igreja, que já avistávamos da estrada, não mais que 5 minutos de caminhada, não havia ninguém no local, além de nós e uma cabra.
Andamos e tiramos fotos, pois estávamos no topo da montanha com vista privilegiada sobre um vale, com um riacho – apesar do dia cinza, a paisagem era muito bonita. Passamos por um sino, que na sua base havia duas portas, através de relatos, sabíamos que em uma das portas dava para o monastério construído sob as rochas, mas ambas as portas estavam trancadas. Assim, seguimos para a igreja e habitação dos monges, que estavam há uns 50 metros à frente; fizemos uma sondada no lugar, apareceu um monge que não fez questão de se comunicar com a agente. Nada muito interessante na igreja ortodoxa, então descemos até a pequena vila que havia próxima ao monastério.
Descemos uma escadaria passando por casas e estábulos, avistamos uma placa de hospedaria e restaurante, mas, chegando no local, estava fechado; o anúncio na porta dizia que às segundas- feiras era fechado (era segunda-feira) #desespero!!
Estava chuviscando, a vila parecia fantasma, caminhamos um pouco e. nada de pessoas. Era apenas 1 hora da tarde e tínhamos mais 3 horas até a van chegasse para nos levar; estávamos sem comida. Neste momento, nos sentimos totalmente isolados e perdidos, ainda sem ter conseguindo visualizar a principal atração do lugar, o monastério sob as rochas!! Então resolvemos caminhar no sentido oposto e mais lógico, em direção a estrada principal. Assim encontramos um hotel, cujo restaurante estava aberto!
Nos alimentamos com comidas típicas, polenta com carne de porco e plancinte (massa de folha recheada com queijo de cabra, comida típica da Moldávia) e um vinho da casa (horrível). Ninguém falava inglês, mas tinha internet wifi, e foi alí que vi o blog de um gringo falando sobre o local, exatamente o restaurante em que estávamos, o quão legal era o dono. Neste momento eu avistei esse senhor e fui em sua direção para pedir informações sobre o monastério na caverna, pois não havíamos conseguindo visitá-lo porque estava trancando. O senhor muito gentil ligou para o padre, que lhe informou que o monastério na rocha se encontrava aberto e que provavelmente tinha sido fechado para o horário de almoço
Após nossa refeição, voltamos para o monastério e novamente estava fechado, assim fomos de volta a Igreja conversar com o monge que lá estava, e informá-lo que a porta seguia fechada e eles insistindo de que estava aberta. Esse processo se repetiu por algumas vezes, levando cerca de 1 hora, até que chega outro monge, com as chaves, isso faltando 20 minutos para nossa van chegar. Apesar de pouco tempo, conseguimos ver o monastério na pedra. Sobre a história do local pouco soubemos porque não havia uma comunicação fluente em inglês. Este lugar possui um oratório, e um ambiente para os padres dormirem com uma pequena varanda, e janelas com vista para o vale. O lugar é pequeno, mas traz muita paz e eu nunca vi nada igual.
Voltamos correndo, mas a tempo de esperar alguns minutos a van que nos levaria de volta Chisinau, já de noite.
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